À margem e ao relento
- Ligia Contreras
- 4 de ago. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de set. de 2022
ao som das asas quando encontram o vento
Trago ao peito tudo o que existe
e pulsa.
Os que seguem ao meu lado,
são de sons de pássaros.
Contam de histórias de luta.
Eu passarinho sem ninho,
aprendo todo dia
um novo caminho.
E alcanço as nuvens
e canto de alvoradas
em minha voz achei o vento,
e me embalei nesse alento
e alcei minhas asas.
Nunca voei ligeiro,
nunca mirei rasteiro,
sou dos vôos altos,
em noites púrpuras e dias claros.
Acaso guardo em mim
a cor de seus olhos negros e fortes,
que despedindo-se
destilaram
lágrimas de amor,
salgadas como a morte.
Voar eu sei, sem volta.
Sou de vôos altos,
em dias frios e noites calorosas.
E não temo as alturas,
nem me espantam as tempestades
Trago em mim tantas asas,
quanto sonhos.
Tanta vida,
quanto sorte.
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À margem e ao relento

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